A Justiça Eleitoral de Roraima suspendeu a investigação contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, por suspeita de compra de votos. A decisão foi tomada na noite desta quinta-feira (31) pelo desembargador Jésus Nascimento, que também anulou o mandado de busca e apreensão executado na sede da entidade no Rio de Janeiro no dia anterior.
De acordo com a decisão, não há provas suficientes que vinculem Xaud aos crimes investigados na Operação Caixa Preta.
“A narrativa policial não apresenta elementos concretos capazes de demonstrar sua adesão consciente e voluntária à organização criminosa”, afirmou o desembargador.
O habeas corpus foi protocolado pela defesa do presidente da CBF, que alegou constrangimento ilegal. Em nota, Xaud declarou que seguirá com seu trabalho à frente da entidade.
“Sei quem sou e mantive a tranquilidade, apesar da injustiça cometida”, destacou.
Enquanto Xaud foi excluído da investigação, o processo segue em relação à deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR) e ao empresário Renildo Lima, seu marido. Lima foi preso em setembro de 2024 com R$ 500 mil em espécie, escondendo parte do valor na cueca, o que deu origem à operação policial.
O áudio de uma conversa interceptada pela PF, em que Lima menciona a influência política de Xaud, embasou a decisão inicial da 5ª Zona Eleitoral que autorizou as buscas. No entanto, a Justiça entendeu agora que a gravação, por si só, não comprova envolvimento direto do presidente da CBF.
Com informações de O Globo