A movimentação de navios de guerra americanos rumo à costa venezuelana acendeu o alerta das Forças Armadas do Brasil, que avaliam os possíveis impactos sobre o território nacional, especialmente na fronteira com Roraima. O deslocamento da frota faz parte de uma ofensiva dos Estados Unidos contra o narcotráfico, e já provocou uma reação militar do regime de Nicolás Maduro.
O presidente venezuelano reagiu mobilizando 4,5 milhões de milicianos citando ameaças dos Estados Unidos. A fronteira entre os países tem 2.199 km, sendo 90 km por terra e o resto pelas bacias do Amazonas e Orinoco.
Embora o Exército avalie possíveis reflexos no território nacional, inclusive reforços na fronteira, o tema é tratado com reserva. A Casa Branca, por meio de Karoline Leavitt, reiterou que Trump está disposto a usar “toda a força” contra o narcotráfico e classificou o governo de Maduro como um “cartel narcoterrorista”.
Fontes governamentais chamam atenção para o momento de tensão diplomática: os Estados Unidos impuseram tarifas elevadas e sanções recentes ao Brasil, além de críticas ao sistema jurídico nacional. A avaliação é de que a ação americana pode ter o objetivo de provocar uma intervenção militar na Venezuela, derrubando o regime de Maduro — cuja eleição ainda não foi reconhecida pelo Brasil devido à falta de comprovação de vitória sobre Edmundo González.
Com informações de O Globo