sábado, outubro 18, 2025
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Unicef aponta desnutrição grave entre crianças Yanomami e cobra reforço na assistência de saúde

Mais da metade das crianças Yanomami monitoradas pelos serviços públicos em 2022 apresentava sinais de desnutrição. Entre as 4.245 crianças acompanhadas pelo serviço de Vigilância Alimentar e Nutricional, 2.402 estavam com peso abaixo do ideal.

Os dados constam no relatório divulgado pelo Unicef em parceria com a Hutukara Associação Yanomami, que aponta a desnutrição como um dos principais fatores de mortalidade infantil nas comunidades indígenas de Roraima.

A situação é agravada pela presença do garimpo ilegal, que impacta diretamente a produção de alimentos, dificulta a caça, destrói roças e contamina recursos naturais.

“Onde tem garimpo, tem malária, e quem está doente não consegue caçar ou plantar. Isso leva à fome”, explica a antropóloga Ana Maria Machado.

A malária, sozinha, matou 47 crianças Yanomami entre 2019 e 2022. O número de casos em menores de cinco anos nesse período ultrapassou os 21 mil. Além disso, 187 crianças morreram de doenças respiratórias, muitas delas preveníveis com vacinação.

A cobertura vacinal entre os Yanomami caiu de 82% em 2018 para apenas 53% em 2022, devido à desmobilização das equipes de saúde durante o período de maior avanço do garimpo ilegal.

O relatório reforça que, apesar de ações emergenciais adotadas desde 2023, como a reabertura de unidades de saúde e o aumento de profissionais no território, os desafios ainda são grandes e exigem resposta coordenada e contínua.

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