Quase três mil indígenas Yanomami morreram entre 2015 e 2024 no Brasil, e a maioria das vítimas era formada por crianças de até quatro anos. Os dados do Ministério da Saúde apontam que 1.491 dos 2.918 óbitos ocorreram nessa faixa etária, com destaque para os 1.071 bebês que morreram antes de completar um ano de vida.
As principais causas das mortes foram pneumonia não especificada (372 registros), desnutrição grave (251) e infecções comuns em ambientes com precariedade sanitária. Também há registros de mortes por agressão e disparo de arma de fogo.
O maior número de mortes ocorreu em 2023, com 428 registros. A situação levou o governo federal a decretar emergência de saúde pública e implementar uma força-tarefa para levar atendimento médico, reabrir unidades básicas de saúde e reforçar campanhas de vacinação.
Segundo o Ministério da Saúde, 37 polos-base e 40 unidades básica de saúde (UBSIs) estão em funcionamento atualmente, e o número de profissionais na região aumentou de 690 em 2023 para 1.855 em 2025. Desde então, houve uma queda de 21% nos óbitos em 2024 e de 33% no primeiro semestre de 2025.
Com informações do Metrópoles