A campanha nacional “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” começou nesta quinta-feira (20) em Roraima com programação articulada pela Assembleia Legislativa (ALERR), que reúne ações de conscientização, atendimento e projetos voltados às mulheres em situação de vulnerabilidade.
A mobilização segue até 10 de dezembro e inclui atividades conduzidas pela Secretaria Especial da Mulher (SEM) e pelo Programa de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (PDDHC). O presidente da ALERR, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), disse que o enfrentamento da violência depende de participação coletiva.
“A Assembleia tem trabalhado para oferecer suporte às vítimas e conscientizar a população”, afirmou.
A legislação estadual ampliou, por meio da Lei nº 1.937/2024, o alcance da campanha, que passa a integrar o combate ao racismo e outras datas que impactam diretamente a vida das mulheres.
Roraima lidera o ranking nacional de homicídios de mulheres segundo o Atlas da Violência 2025 (base 2023). O índice de 10,4 mortes por 100 mil habitantes evidencia o risco elevado, especialmente dentro de casa.
A SEM mantém atendimento psicológico, social e jurídico, além de grupos terapêuticos e cursos de defesa pessoal.
“O Chame está nas escolas, em panfletagens e parcerias com órgãos. Buscamos orientar ainda mais nesse período”, disse Marcilene Melo, psicóloga da secretaria.
O PDDHC trabalha principalmente com prevenção ao tráfico humano. O programa atua em escolas e em municípios que funcionam como rota de entrada e saída do crime.
“Desde 2017, orientamos mulheres e meninas para garantir direitos humanos”, afirmou o representante Glauber Batista.
A ALERR também aprovou leis que tratam da proteção feminina, como normas para prevenir violência no ambiente escolar (Lei nº 2.053/2024), ações de segurança em hotéis e pousadas (Lei nº 2.038/2024) e campanhas educativas em eventos financiados pelo governo (Lei nº 1.993/2024).



