Durante escutas públicas realizadas nos dias 10 e 11 de setembro em Alto Alegre, no norte de Roraima, o Ministério Público Federal (MPF) ouviu professores, estudantes e gestores sobre os principais problemas da educação no município.
A ação faz parte do projeto Ministério Público pela Educação (MPEduc) e teve como foco o diagnóstico e a proposição de soluções para melhorar o ensino na região, especialmente em comunidades indígenas.
Antes das audiências, o MPF visitou escolas rurais e indígenas, onde foram constatadas estruturas precárias, falta de transporte escolar adequado e deficiência no fornecimento da merenda. Segundo o MPF, os gestores locais já assumiram compromissos para sanar os problemas.
A ausência de chamadas públicas para compra de alimentos da agricultura familiar também foi levantada. A procuradora da República Natália Lourenço Soares destacou que esse tipo de medida pode fortalecer a economia local e melhorar a merenda escolar.
O município abriga parte da Terra Indígena Yanomami. O procurador Alisson Marugal lembrou que garantir educação de qualidade nas aldeias é uma alternativa diante das consequências do garimpo ilegal.
Autoridades como o prefeito, secretários e representantes da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público de Roraima (MPRR) também participaram da ação.