Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), chegou a Roraima neste domingo (14) para cumprir agenda com o objetivo de discutir a proteção de crianças indígenas e a preservação das terras indígenas. Após recepção oficial em Boa Vista, a comitiva sobrevoou o Polo Base Surucucu, local marcado por crises humanitárias recentes.
Barroso se reuniu com lideranças indígenas da região de Palimiú para promover diálogo sobre estratégias contra violências e para proteção integral da infância indígena.
“O Supremo tem cumprido o mandamento constitucional de proteger as terras indígenas. Viemos verificar o resultado da desintrusão determinada pela Justiça”, declarou o ministro.
O presidente do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), Leonardo Cupello, disse que a visita aproxima o Judiciário da realidade local, enquanto o juiz Marcelo Lima ressaltou a importância do ministro conhecer os impactos do garimpo na Terra Yanomami.
O xamã e presidente da Hutukara Associação Yanomami, Davi Kopenawa, enfatizou que a visita possibilita que o ministro veja “de perto” os efeitos do garimpo ilegal e a devastação ambiental. Joenia Wapichana, presidente da Funai, avaliou a agenda como fundamental para monitorar a implementação das ações pós-crise.
O general Luiz Gonzaga Viana Filho, comandante militar da Amazônia, comentou que Barroso teve a chance de verificar os avanços na proteção das comunidades indígenas.
A programação continua nesta segunda-feira (15), em Boa Vista, com apresentação de iniciativas governamentais e diálogo entre magistrados e o presidente do STF.