A Operação Atlas, maior exercício militar já realizado no Brasil, tem exigido uma mobilização logística sem precedentes das Forças Armadas. Roraima, onde ocorre a principal fase da mobilização, entre 3 e 9 de outubro, concentra o esforço de transporte, instalação e sustentação de um contingente de dez mil militares.
A operação envolve a movimentação de 105 unidades militares, distribuídas entre 434 viaturas, 40 blindados e 9 helicópteros. Os meios foram transportados de diferentes regiões do país até os estados da Amazônia, com destaque para Roraima, que se tornou o epicentro da fase tática do exercício.
Todo esse deslocamento estratégico foi realizado na segunda fase da operação, que sucedeu o planejamento estratégico iniciado em julho. O processo envolveu a coordenação de meios logísticos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica para garantir a chegada e o posicionamento dos efetivos e equipamentos nos locais designados.
Além de testar as capacidades operacionais em combate, a Operação Atlas avalia, com profundidade, a capacidade logística das Forças Armadas em reagir de forma rápida e eficiente diante de situações que exijam resposta imediata em áreas de difícil acesso, como é o caso da Região Amazônica.
A escolha de Roraima está ligada à sua localização estratégica e à complexidade do terreno, que impõem desafios reais à mobilização de tropas. O exercício permite verificar, na prática, a eficiência das cadeias de suprimento, transporte e manutenção em cenários de grande escala.