Um dia após a deflagração da Operação Mata-Leão, a Polícia Civil de Roraima apresentou nesta quarta-feira (30) o balanço oficial da ação, que resultou na prisão de oito integrantes de uma facção criminosa envolvida com o tráfico internacional de drogas e na apreensão de bens de alto valor, estimados em R$ 3 milhões.
De acordo com o delegado Julio Cesar da Rocha (DRE), a investigação começou após a apreensão de 63 kg de skunk, em agosto de 2024, no bairro Caranã, em Boa Vista. A partir disso, a polícia desvendou uma estrutura criminosa com mais de 10 integrantes, que usava aviões e helicópteros próprios para transportar drogas da Colômbia e Venezuela, com pousos em pistas clandestinas na Amazônia. A distribuição nacional era feita por caminhões com destino à Bahia, São Paulo e Amazonas.
Durante a operação desta terça-feira (29), a polícia apreendeu veículos de luxo, uma lancha, joias, relógios caros, armas, munições e documentos contábeis. Os líderes presos são um roraimense e um baiano, responsáveis pela ligação com o tráfico internacional e o escoamento interno da droga.
“O foco era atingir o financeiro. A prisão era consequência, mas o objetivo era desmantelar a base econômica que mantém essa rede operando”, afirmou Julio Cesar.