sábado, setembro 6, 2025
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CPI da Grilagem passa a investigar engenheiro do Iteraima após depoimento contraditório

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Grilagem de Terras, da Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR), incluiu o engenheiro civil Jhonatan da Silva Tomáz, do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), como investigado após depoimento prestado nesta quinta-feira (4), no Plenário Deputada Noêmia Bastos Amazonas.

A CPI investiga denúncias de grilagem e sobreposição de áreas públicas no Estado. A denúncia que motivou a mudança de status de Jhonatan foi feita pela Associação dos Agricultores Familiares do Projeto de Assentamento Ajarani, que acusa o engenheiro e o servidor Janderson Lúcio de cobrarem pela execução de serviços técnicos de georreferenciamento na vicinal “Zé Valdo”, situada na Gleba Equador, em Rorainópolis.

Durante seu depoimento, Jhonatan apresentou declarações contraditórias: inicialmente alegou não ter estado na região, mas depois afirmou ter feito vistoria. Também negou ter indicado Janderson, mas admitiu ter apresentado nomes de técnicos da lista de profissionais credenciados do Iteraima.

“Fui fazer vistoria na vicinal ‘Zé Valdo’. Havia conflitos entre técnicos e divergências sobre os limites dos lotes. Apresentei alguns nomes, mas não participei de qualquer negociação financeira”, declarou.

A comissão também apura possível relação entre Jhonatan e Gabriel Prestes, filho do governador Antônio Denarium (PP), em processos de regularização fundiária. Segundo o relator da CPI, Renato Silva (Podemos), há indícios de negociações paralelas, proposta de valores, sociedade informal entre os servidores e uso indevido da estrutura do Iteraima.

Diante das evidências, o relator solicitou a inclusão formal de Jhonatan como investigado.

“Ele mesmo confirmou que procurou os colonos, ofereceu o serviço, negociou o preço. Isso é suficiente para torná-lo investigado. Vai ser indiciado”, afirmou.

Sobre a CPI

Instaurada em 20 de fevereiro, por meio do Ato da Presidência nº 003/2025, a CPI da Grilagem de Terras apura a atuação de uma possível organização criminosa responsável pela ocupação irregular de terras públicas em áreas urbanas e rurais do Estado. Estão entre os focos de investigação as glebas Baliza, Equador, Ereu, Cauamé e PDA Anauá.

Em pouco mais de seis meses de trabalhos, a comissão já realizou diversas oitivas, colheu depoimentos e apurou denúncias envolvendo grilagem, ameaças, agressões e danos contra pequenos produtores.

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