Durante cerimônia em Belo Horizonte nesta quinta-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que pretende visitar a Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A região enfrenta uma crise humanitária desde 2023, agravada pela presença do garimpo ilegal, desassistência médica e surtos de doenças como malária.
Lula disse que a visita está sendo planejada, mas não anunciou data. O deslocamento até a região é considerado difícil.
“É uma viagem de mais de 500 quilômetros selva adentro em Roraima. Não tem como ir de barco, não tem como ir de estrada, porque não tem estrada. E nós vamos”, afirmou.
A declaração foi feita durante o lançamento do programa Gás do Povo, ao lado do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a quem Lula convidou para acompanhá-lo.
“Dizem que é perigoso ir lá. Eu vou, porque aqueles indígenas estavam no Brasil antes de os portugueses chegarem aqui, então nós temos a obrigação de tratá-los com respeito. Eles são brasileiros, e o presidente da República tem que estar lá com eles”, acrescentou.
Desde janeiro de 2023, o governo federal coordena uma força-tarefa interministerial na área, após decretar estado de emergência. Houve redução no número de mortes, mas altas taxas de desnutrição e doenças persistem, segundo relatos de lideranças indígenas, que cobram mais ações do governo.
Com informações do Correio Braziliense