sexta-feira, maio 2, 2025
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Jovem acusado de se apropriar de quase R$ 280 mil do avô de 89 anos é indiciado pela Polícia Civil

Um jovem foi indiciado por se apropriar dos rendimentos do próprio avô, de 89 anos, após a Delegacia de Proteção ao Idoso e à Pessoa com Deficiência (DPIPCD), em Boa Vista, concluir as investigações e constatar que foram furtados mais de R$ 277 mil do idoso no período de um ano. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil nesta quarta-feira (30).

De acordo com o delegado Franco Ghiggi, o caso foi denunciado à polícia por parentes da vítima, que registraram um boletim de ocorrência em abril de 2024.

O jovem, de 29 anos, passou a residir com o avô após enfrentar problemas familiares e, com o tempo, ganhou a confiança do idoso, ajudando-o em transações financeiras e pagamentos de contas, como água, luz, plano de saúde e compra de alimentos.

“Com a confiança estabelecida, as investigações apontam que ele começou a resgatar aplicações financeiras mantidas pelo avô em cadernetas de poupança e certificados de depósito bancário [CDB]. Depois dos resgates, os valores eram creditados na conta do idoso e, em seguida, transferidos via Pix para a conta pessoal do investigado”, detalhou o delegado.

Ainda segundo Ghiggi, a vítima, após fazer uma cirurgia cardíaca, foi ao banco e constatou o desvio do dinheiro para a conta do neto.

“As transferências se iniciaram com valores entre R$ 100 e R$ 500, aumentando progressivamente. No primeiro mês, foram R$ 2 mil; no seguinte, R$ 5 mil; e posteriormente, R$ 47 mil em apenas um mês. Entre agosto de 2023 e abril de 2024, o total desviado passou de R$ 277 mil. O caso foi descoberto por tios do acusado e a vítima, e denunciado à Polícia Civil”, disse.

Durante as diligências, se concluiu que o investigado se apropriou indevidamente dos rendimentos financeiros.

“O investigado saiu de Roraima após a vítima ter descoberto os desvios e, atualmente, mora no estado do Rio de Janeiro. Ele foi intimado para ser ouvido por videoconferência, mas se recusou a participar e disse que se manifestaria em juízo. O caso está encerrado no âmbito policial, e o inquérito será remetido à Justiça”, explicou o delegado.

Alerta

Franco Ghiggi observou que grande parte dos crimes patrimoniais contra idosos é cometida por familiares próximos, muitas vezes por meio de apropriação direta de recursos ou contratação de empréstimos em nome das vítimas.

“Os crimes de apropriação de bens e de rendimentos de pessoas idosas, na maior parte das vezes, tem como autores familiares, seja neto, filho, filha, nora, genro, enfim, pessoas do círculo familiar. Recomendamos que os idosos não passem sua senha do banco, que não emprestem seu cartão, que não autorizem que seja instalado o aplicativo de banco no celular dos seus familiares e não deem um livre acesso às suas contas”, aconselhou.

Ainda segundo ele, ao solicitar auxílio para terceiros, os idosos devem fazer uma conferência junto à instituição bancária, indo à agência, retirando o extrato, para ver se foi realizado efetivamente aquilo que tinha sido solicitado.

“Quando há um franqueamento de um livre acesso às contas, pode acontecer o que nós temos visto frequentemente, que é essa dilapidação patrimonial”, completou o delegado.

O jovem foi indiciado por apropriação de rendimentos de pessoa idosa no âmbito do Estatuto do Idoso. O inquérito policial foi encaminhado ao Ministério Público (MPRR) e à Justiça para prosseguimento da persecução penal.

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