Com o objetivo de fortalecer a segurança sanitária e proteger a saúde dos rebanhos, a Prefeitura de Boa Vista está apoiando a vacinação contra a brucelose em 17 comunidades indígenas do município. A iniciativa oferece suporte técnico e logístico para que a imunização seja feita corretamente, em conformidade com as normas sanitárias.
A vacina é aplicada por veterinários ou técnicos autorizados, e o processo é voltado a bezerras com idade entre 3 e 8 meses. A brucelose não tem cura e pode causar abortos nos animais e riscos à saúde humana, exigindo o sacrifício dos casos positivos.
Segundo o secretário de Agricultura e Assuntos Indígenas, Cezar Riva, o trabalho é uma forma de valorizar o produtor indígena e garantir segurança alimentar.
“A imunização é fundamental para controlar a doença e assegurar a qualidade da produção. Nossa missão é oferecer suporte técnico e garantir rebanhos saudáveis”, afirmou.
A estimativa é que cerca de 250 doses sejam aplicadas nesta etapa. Para o tuxaua Marister da Silva, da Comunidade Campo Alegre, o apoio reduz custos e facilita o acesso ao serviço veterinário.
“O acompanhamento da prefeitura é essencial. Ter o profissional aqui faz toda diferença, já que o deslocamento até a cidade é caro e difícil”, disse.
O vaqueiro Gleisson do Vale, da Comunidade Ilha, lembrou que a prefeitura já atuou em campanhas anteriores, como a de febre aftosa.
“Esse trabalho contínuo garante a saúde dos rebanhos e cumpre as exigências sanitárias”, destacou.
Em 2024, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) reconheceu Roraima como área livre de febre aftosa sem vacinação, resultado de um esforço conjunto entre órgãos e produtores locais.



