Roraima reduziu de 55 para 31 o número de mortes por aids entre 2023 e 2024, queda de 43,7%, segundo o novo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. O índice coloca o estado em sintonia com o desempenho nacional, que registrou o menor número de óbitos por aids em três décadas.
A redução é atribuída à ampliação do acesso a métodos de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento antirretroviral fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As terapias mais modernas permitem que pessoas vivendo com HIV atinjam carga viral indetectável, o que impede a transmissão do vírus.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o país vive um marco histórico.
“Alcançamos o menor número de mortes por aids em 32 anos graças à oferta gratuita de tecnologias avançadas de prevenção e tratamento pelo SUS”, declarou.
Roraima contabilizou 296 novos casos de aids em 2024. No país, houve redução de 1,5% nos registros. Também houve queda nos casos de gestantes com HIV e no número de crianças expostas ao vírus, acompanhada de melhora expressiva no início oportuno da profilaxia neonatal.
O Brasil obteve a eliminação da transmissão vertical do HIV como problema de saúde pública, resultado sustentado por mais de 95% de cobertura em pré-natal, testagem e tratamento das gestantes.
Em 2024, o país registrou 68,4 mil pessoas vivendo com HIV ou aids; em Roraima, foram 505 registros.
O Ministério da Saúde reforçou as ações de Prevenção Combinada, ampliou o número de usuários da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e expandiu a distribuição de testes rápidos e autotestes. O tratamento antirretroviral, disponível gratuitamente, inclui combinações de dose única diária, utilizadas por mais de 225 mil pessoas.
A pasta também lançou editais de R$ 9 milhões para apoiar entidades que atuam no enfrentamento ao HIV e fortaleceu comitês e grupos consultivos voltados à resposta nacional à epidemia.



