sábado, abril 19, 2025
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Universitário é preso na zona oeste de Boa Vista por venda de atestados médicos falsos

Um estudante universitário, de 32 anos, foi preso em flagrante pelo crime de falsificação de documento público. Ele é suspeito de falsificar e vender atestados falsos “em larga escala”.

A prisão ocorreu nesta terça-feira (18), durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na residência de um técnico em análises clínicas, no bairro Asa Branca, zona oeste de Boa Vista. O homem, de 44 anos, é namorado do estudante e já vinha sendo investigado há meses por suspeita de envolvimento no esquema criminoso, mas não foi localizado no momento da operação.

Investigação e desdobramentos

As investigações, segundo o delegado do 4º Distrito Policial (DP), Guilherme Peres, tiveram início em dezembro de 2024, quando uma empresária denunciou à Polícia Civil que uma funcionária apresentou um atestado médico suspeito. Ao entrar em contato com o médico que supostamente assinou o documento, foi constatado que era falso.

“A partir dessa denúncia, iniciamos a investigação e identificamos um esquema de falsificação e venda de atestados médicos em larga escala. Durante as investigações, ouvimos diversas pessoas citadas, o que nos levou ao técnico em análises clínicas e, posteriormente, ao flagrante do estudante”, explicou Peres.

Com os indícios reunidos, a Polícia Civil representou na Justiça pelo mandado de busca e apreensão na residência do técnico, onde o namorado dele foi preso em flagrante. Durante a busca, os policiais encontraram um grande volume de itens utilizados na falsificação, confirmando que o esquema criminoso já ocorria há muito tempo.

Prisão e apreensões

No imóvel, os policiais apreenderam 7 carimbos falsificados de diferentes médicos; 50 atestados médicos preenchidos com assinaturas e carimbos falsos; e, aproximadamente, 200 atestados médicos em branco; além de outros objetos e papéis relacionados à prática de falsificação de documentos públicos.

Diante das provas, o universitário recebeu voz de prisão em flagrante e foi conduzido ao 4º DP para os procedimentos cabíveis. Seu namorado segue sendo investigado.

Impacto da fraude

O suspeito confessou ao delegado, durante interrogatório, que ele e o namorado vendiam até 50 atestados falsos por mês, cobrando valores diferenciados conforme a urgência e os dias da semana, com preços mais altos em períodos próximos a feriados e fins de semana.

“Eles vendiam cada atestado médico pelo valor médio de R$ 60. O esquema causava prejuízos para empresas, para o sistema de saúde e comprometia a credibilidade da classe médica, cujos nomes e carimbos eram utilizados sem autorização”, observou o delegado.

De acordo com Guilherme Peres, “o uso desses documentos ilegais gera grandes prejuízos à sociedade, impactando a economia, sobrecarregando os serviços públicos e favorecendo fraudes trabalhistas e previdenciárias.

“Além disso, médicos que tiveram seus nomes envolvidos são vítimas dessa fraude e não possuem qualquer ligação com o esquema”, afirmou.

As investigações seguem para identificar todos os envolvidos e desmantelar completamente a rede criminosa.

“Já identificamos dois falsificadores, sendo que um foi preso em flagrante. Temos o nome de 50 pessoas que estão sendo investigadas, cujos nomes estavam nos atestados médicos falsificados. As investigações vão apontar a responsabilidade de cada um. Em interrogatório, o estudante disse que há aproximadamente quatro anos eles atuam nesse esquema. As investigações vão esclarecer todos esses detalhes”, disse o delegado.

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